7 pontos críticos para que a Colaboração na Cadeia de Suprimentos tenha sucesso!

1) Alinhamento Estratégico

As empresas não precisam compartilhar a mesma estratégia no plano organizacional, mas podem ter os mesmos objetivos estratégicos na logística.

Ao unificar parâmetros na estratégia, planejamento, execução e indicadores, pode-se garantir que todos os parceiros apontem para uma mesa direção em sua atuação na cadeia.

A definição de objetivos estratégicos deve priorizar as metas que sejam compatíveis com o bem comum do grupo como um todo.

Ao alinhar estrategicamente os fornecedores, intermediários e o cliente final em todos os níveis, pode-se estabelecer uma relação ganha ganha, e isso passa a ser uma vantagem competitiva para toda a cadeia de suprimento.

2) Canal Unificado

A empresa deve evitar investir em múltiplos canais, com diversos parceiros na cadeia de suprimento.

Ao concentrar seus esforços com um número muito limitado de players, pode-se obter mais facilmente um nível de colaboração que leve a mais eficiência e ganhos.

Para a escolha dos parceiros, podem-se considerar estes critérios:

  • Preparação e sofisticação: muitos parceiros podem ter o esforço, sem ter a capacidade. É importante avaliar os pontos fortes e fracos de cada um.
  • Lucro potencial: os ganhos potenciais da participação de um parceiro na cadeia de suprimento devem ser compatíveis com seu tamanho e seus objetivos financeiros.
  • Cobertura geográfica e de serviços: o escopo da cobertura do parceiro pode alavancar positivamente a sua atuação na cadeia.
  • Ativos: deve-se avaliar como os ativos do parceiro podem levar a um maior nível de colaboração.
  • Caminho do fluxo de produtos: Alguns parceiros podem oferecer um fluxo logístico mais consistente e predizível que outros.
  • OPen book, trabalhar com Should Cost validado, com foco em redução do TCO e busca por melhoria de processos, maior produtividade, entender um do negócio do outro, se aprofunda na cadeia de suprimentos
  • Formar Alianças Estratégicas com os Fornecedores Estratégicos, críticos e de Alto Spend. Sem esquecer do Tail Spend.
  • Participação completa: todos os players da cadeia de suprimento devem participar das iniciativas de colaboração (ver mais detalhes a seguir).

3) Participação Completa

Se algum dos participantes da cadeia de suprimento é excluído das iniciativas de colaboração, isto equivale a criar 2 cadeias de suprimento separadas.

Neste caso, perde-se a sinergia no sistema, e os ganhos não são transmitidos para cada parceiro da rede.

É vital que não existam estas lacunas. Por isso a escolha correta dos parceiros é tão importante, já que um elo que não queira ou não tenha a capacidade de participar na colaboração afetará toda a cadeia.

4) Conectividade em Tempo “Quase-Real”

A conectividade em tempo real, que pode envolver grandes investimentos em sistemas, somente é necessária para casos muito especiais, nos quais a movimentação de materiais é muito rápida e estas pequenas variações no tempo afetam consideravelmente a tomada de decisão.

Normalmente, pode-se aceitar que os dados sejam atualizados com uma frequência determinada e que represente a situação dos últimos momentos (o tamanho destes “momentos” varia muito entre cadeias de suprimento diferentes).

Para muitos canais, a visibilidade é mais importante que a conectividade. Ou seja, deve-se assegurar que há uma visão clara de tudo que ocorre no fluxo logístico, mas não necessariamente em tempo real.

A tecnologia atual permite que se obtenha visibilidade e conectividade, mas sem uma colaboração eficiente, estes dados gerados por cada parceiro não serão transformados em informação que beneficie toda a cadeia.

Pode-se progredir para uma conectividade eficiente nos 7 níveis a seguir:

Visibilidade

Os parceiros podem procurar informações proativamente dentro do grupo participante. Por exemplo “Aonde está meu inventário, e em que quantidades?”

Compartilhamento

Os parceiros divulgam informações sobre a situação dos produtos e ordens. Um exemplo seria a publicação de porcentagens de atendimento de pedidos ou uma lista atualizada de pedidos entregues.

Rastreabilidade de Eventos

Os parceiros possuem a capacidade de obter informações detalhadas em tempo quase real sobre itens ou pedidos.

Notificação de Eventos

Os parceiros recebem mensagens específicas para eventos de certos itens ou pedidos.

Gerenciamento de Exceções

Os parceiros possuem processos para compensar situações fora da especificação, que são iniciadas automaticamente após a notificação de um evento.

Gerenciamento de Pedidos

Os parceiros possuem processos para gerenciar e sincronizar proativamente os pedidos.

Otimização Dinâmica

Os parceiros realizam uma otimização baseada em restrições nas ordens e atividades para todos os colaboradores da cadeia de suprimento.

5) Indicadores Unificados

Para monitorar as iniciativas de colaboração, devem ser definidos indicadores que cubram toda a cadeia de suprimento e representem a ação global dos parceiros.

O uso correto dos indicadores reforçará o alinhamento estratégico.

Após o desenvolvimento de um conjunto de indicadores globais, cada parceiro deve traduzi-los em indicadores individuais que afetem o resultado global da cadeia.

A pergunta que os colaboradores devem fazer é “Quais indicadores comuns podemos aplicar nos processos para atingir o alinhamento estratégico?”.

Alguns exemplos seriam o tempo de ciclo (do começo até o final da cadeia de suprimento), ou tempo de resposta global.

6) Fluxo de Informações de Demanda

Para evitar o efeito chicote (“bullwhip effect”), as informações de demanda do cliente final devem ser compartilhadas com todos os players da cadeia de suprimento.

Existe uma tendência de proteger estas informações e transmitir cadeia abaixo uma demanda “ajustada” às necessidades específicas de cada elo da cadeia.

Com a disponibilidade e compartilhamento de informações de demanda, é reforçada a relação ganha ganha.

Modelos matemáticos mostram como a unificação da base de demanda reduz drasticamente o efeito chicote.

7) Evidência dos Benefícios

A colaboração eficiente envolve uma forte mudança nos relacionamentos cliente fornecedor ao longo da cadeia de suprimento.

Para toda mudança há sempre uma resistência interna nas organizações, e por isso é imprescindível ter uma clara comprovação dos benefícios obtidos com esta mudança de comportamento.

Os benefícios devem ser objetivos e tangíveis. Se não ficar claro que a colaboração, além de gerar melhores resultados para o grupo como um todo, gera melhores resultados individualmente em cada empresa, a resistência aumentará e a continuidade da colaboração será comprometida.

Estes benefícios podem ser categorizados nas seguintes dimensões:

Serviços diferenciados

A qualidade que pode ser obtida em uma cadeia colaborativa será um atrativo para os clientes atuais e potenciais.

Custos operacionais variáveis

As eficiências operacionais obtidas com a colaboração aumentarão a flexibilidade das empresas para reter lucros ou repassá-los como preços menores para seus clientes.

Eficiência do capital

O uso compartilhado e eficiente de ativos da cadeia de suprimento permite uma melhor tomada de decisão nos investimentos de cada parceiro.

Fonte: Procurement Garage – Supply Chain Management Review

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