Proatividade ou Reação, eis a questão!

Proatividade ou Reação, eis a questão!

Entender se devemos ser um profissional de Suprimentos reativo ou proativo depende muito mais do ambiente, organização e planejamento que trabalhamos do que nossa própria força de vontade.

Tenho certeza que centenas de Compradores que lerão esse artigo irão se identificar, pois têm vivido essa “montanha-russa” na prática e se veem às vezes perdidos até na hora de apertar o cinto de segurança, pra não serem jogados fora do carrinho. Mas muita calma nessa hora, pois todo detalhe deve ser levado em conta e o mais importante: não se faz nada sozinho.

Para entender se o modo de trabalho em Procurement está sendo completamente Proativo (ideal) e Reativo, é vital a compreensão da estrutura da área versus o Planejamento Estratégico da organização. Ao trazer o tema do Planejamento para a conversa, percebemos a interdependência dos setores e necessidade de retroalimentação de informação em diversos sistemas, principalmente num ERP, no caso das maiores (ou mais preparadas) empresas. Caso as organizações não priorizem Planejamento Estratégico, ou não tenham esse modelo estruturado, o caminho Reativo a seguir já está traçado, e não há muito o que fazer a não se trabalhar numa boa rede de fornecimento, assim como a estruturação de contratos, se sobrar tempo para isso.

Ao tornar-se Proativo, ou pelo menos receber os inputs claros de Planejamento Estratégico de sua empresa envolvendo Suprimentos, os benefícios são mais claros e relevantes, tais como: engajamento de fornecedores em acordos, contratos, desenvolvimento de soluções, tecnologias, matérias-primas, participação e desenvolvimento de escopo de trabalho, melhor negociação de preços e, principalmente, a demostração de que Procurement é uma força motriz nos resultados das empresas, podendo reduzir custos, elevar o nível de qualidade, reduzir riscos… entre outros. Querem melhor demonstração de impacto no negócio do que essa?

Não poderia terminar esse artigo sem falar de controle de estoques. Compras proativas referem-se majoritariamente a um trabalho conjunto entre Procurement, Planejamento, Operações, Manutenção, entre outra áreas, para fazer com que o custo de estoque das empresas seja substancialmente diminuído. Através de diversas análises têm-se a real noção de lotes de produção, lotes mínimos de fornecimento (MOQ), clicos de vida e tempo de fabricação/ utilização e com isso estamos munido para fornecer forecasts acurados para o mercado, assim como garantir abastecimentos em tempos normais – e lutar para nosso lugar ao sol em tempos de Pandemia, já que a bom relacionamento de outrora com os parceiros comerciais nos põe em vantagem àqueles que não priorizam Planejamento Estratégico.

Não há mais lugar para somente reação.

 

Gerente de Categorias | + posts

Profissional com +de 16 anos de carreira desenvolvida nas áreas de Supply Chain e Procurement em diferentes indústrias tais como Aerospace, Oil&Gas, Química e Tintas. Sólida experiência em Gestão de Equipes, Negociação, Geração de Savings, TCO, Strategic Sourcing, Desenvolvimento de Fornecedores Locais e Internacionais, Auditorias e Comércio Exterior.
Vivência em processos de importação e atuação em empresas de diferentes portes e segmentos, como aerospace, petróleo e gás, química e coatings.

 

 

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