Matriz de Risco de Fornecedores: o que é e como aplicar em 3 exemplos práticos

Matriz de Risco de Fornecedores

O que é e como aplicar em 3 exemplos práticos.

Uma matriz de risco é uma ferramenta visual que ajuda a identificar, avaliar e priorizar os riscos em um determinado contexto.

Geralmente, uma matriz de risco é composta por duas dimensões principais:

IMPACTO

Refere-se à magnitude dos efeitos que um evento de risco pode ter sobre os objetivos ou operações de uma organização.

O impacto pode ser categorizado em diferentes níveis, como baixo, médio, alto ou altíssimo, dependendo da gravidade dos efeitos esperados.

PROBABILIDADE

Qual a  chance de que um evento de risco ocorra. A probabilidade também pode ser classificada em diferentes níveis, como mínima, baixa, média, alta ou máxima, dependendo da frequência esperada ou da confiança na ocorrência do evento.

Ao cruzar essas duas dimensões em uma matriz, é possível visualizar e classificar os riscos de acordo com sua probabilidade de ocorrência e o potencial impacto que podem ter e essa classificação ajuda as organizações a priorizarem seus esforços de gerenciamento de riscos, focando nas áreas onde o risco é mais significativo e pode ter consequências mais sérias.

Matriz de Risco de Fornecedores - Blog Na Garage

3 exemplos de como aplicar a matriz de risco e ações de mitigação

1 – ALTO IMPACTO & ALTA PROBABILIDADE

Situação comum em que a empresa depende muito de um fornecedor específico. A alta probabilidade de atrasos ou problemas com esse fornecedor, combinada com o alto impacto na operação da empresa, requer atenção imediata.

Exemplo

Um fornecedor essencial para a produção de um produto tem uma alta probabilidade de atrasar suas entregas, o que teria um impacto significativo na linha de produção da empresa.

Ações de Mitigação

  • Diversificação de fornecedores: Identificar e estabelecer relacionamentos com fornecedores alternativos para reduzir a dependência de um único fornecedor.
  • Estoque de segurança: Manter um estoque de produtos essenciais que possa cobrir a demanda em caso de atrasos de entrega.
  • Contratos robustos: Negociar contratos que estabeleçam penalidades claras para atrasos significativos e estabelecer procedimentos para resolver problemas rapidamente.

2 – MÉDIO IMPACTO & MÉDIA PROBABILIDADE

Problemas ocasionais de qualidade com fornecedores podem resultar em produtos defeituosos.

Embora menos severos que o primeiro cenário, esses eventos precisam ser gerenciados eficientemente

Exemplo

Um fornecedor de embalagens ocasionalmente tem problemas de qualidade que resultam em um lote de produtos defeituosos, impactando a reputação da empresa.

Ações de Mitigação

  • Controle de qualidade: Implementar procedimentos rigorosos de controle de qualidade para inspecionar as matérias-primas recebidas antes de sua utilização.
  • Auditorias regulares: Realizar auditorias periódicas nas instalações do fornecedor para garantir conformidade com os padrões de qualidade.
  • Treinamento de fornecedores: Oferecer treinamento e suporte aos fornecedores para ajudá-los a melhorar seus processos e evitar problemas de qualidade.

3 – BAIXO IMPACTO & BAIXA PROBABILIDADE

Riscos menores, com baixa probabilidade de ocorrer e impacto limitado na operação. Apesar de menos urgentes, é importante considerá-los na estratégia de gestão de fornecedores.

Exemplo

Um fornecedor de material de escritório tem uma baixa probabilidade de aumentar os preços em curto prazo.

Ações de Mitigação

  • Monitoramento de mercado: Manter-se atualizado sobre as tendências do mercado e os movimentos de preços para identificar qualquer aumento potencial.
  • Diversificação de fornecedores: Ter vários fornecedores disponíveis para o mesmo tipo de produto para poder fazer a troca, se necessário.
  • Negociação de contratos: Negociar contratos de longo prazo com fornecedores que incluam cláusulas de estabilização de preços ou limites para aumentos abruptos.
José Herculano Santos
Gestão de Contratos e Fornecedores | + posts

Responsável pela CLM (Contract Lifecycle Management) e SRM ( Supplier Relationship Management), onde lidero a equipe com o objetivo de garantir a saúde financeira dos contratos por meio de uma gestão integrada e eficiente em todo o ciclo de vida dos contratos, avaliação de riscos de fornecedores.

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Responsável pela CLM (Contract Lifecycle Management) e SRM ( Supplier Relationship Management), onde lidero a equipe com o objetivo de garantir a saúde financeira dos contratos por meio de uma gestão integrada e eficiente em todo o ciclo de vida dos contratos, avaliação de riscos de fornecedores.

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